quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Avaliação Física

Avaliação Física!!!
A prescrição de uma atividade física ou treinamento deve começar por uma Avaliação Física e hoje não se deve em momento algum prescrever exercícios sem conhecer o individuo que irá realizar.

A Avaliação Física deve abordar alguns pontos como: realizar um questionário (anamnese), verificar o percentual de gordura, circunferências (tórax, cintura, abdômen, quadril, antebraço, braço, coxa e panturrilha), avaliação postural (verificar possíveis desvios posturais), avaliação do condicionamento cardiovascular e respiratório, freqüência cardíaca e pressão arterial, que devem ser realizados em consulta ao cardiologista.

O objetivo a ser trabalhado com o aluno deverá levar em conta os pontos abordados na Avaliação Física.

Na Avaliação Física o Profissional de Educação Física – bacharel- que é o único com condições e formação para realizá-la vai verificar as condições físicas do aluno para prescrever o treinamento e o médico analisa se o paciente não possui nenhuma patologia que coloque em risco a sua saúde com a prática de atividade física.

Podemos concluir que a Avaliação Física, juntamente com uma consulta ao cardiologista, são de grande importância para minimizar os riscos e melhorar os resultados de um treinamento e em momento algum deverá ser deixado de lado. Não comece uma atividade física sem uma Avaliação Física e sem passar pelo seu médico.

Você que procura atividade física individualizada, planejada e que atenda as suas necessidades individuais, busque um profissional responsável e comprometido com o o seu bem- estar e sua saúde, onde o planejamento, faça parte da sua rotina de exercícios físicos.

Marque a sua Avaliação Física e comece agora a fazer a diferença!!!

terça-feira, 5 de maio de 2009

ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO

Os benefícios da atividade física para a saúde e longevidade são amplamente conhecidos e divulgados na mídia e nos bancos escolares, assim como nos centros comunitários, desde o princípio dos tempos. Existem benefícios bem demonstrados sobre vários parâmetros que afetam a saúde e a longevidade. Muitos documentos científicos, de entidades mundialmente conhecidas (Organização Mundial da Saúde – OMS, American College of Sports Medicine – ACSM, ), já enfatizaram a importância da ação dos profissionais de saúde e entidades governamentais no estímulo a atividade física, assim como o seu impacto sobre a saúde pública.

Apesar da associação entre atividade física e saúde estar bem documentada, a maior parte da população ainda é inativa completa ou parcialmente. Nas últimas décadas foi nítido o fenômeno da urbanização na nossa sociedade, a qual é acompanhada naturalmente por um estilo de vida menos ativo. Além disso, podem existir riscos e barreiras individuais relacionados aos exercícios físicos. Desta forma, a abordagem para a prática de atividade física e prescrição de exercício deve ser individualizada, principalmente entre os idosos.

O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e aproxima-se vertiginosamente no nosso país. Com o aumento do número de idosos ocorre um aumento das doenças associadas ao envelhecimento, destacando-se as crônico-degenerativas/doenças da civilização (Diabetes Mellitus, Obesidade, Hipertensão Arterial, Tabagismo e Alcoolismo), que tem relação com idade, sexo e herança genética, mas também, sofrem influência dos fatores de risco.

No caso dos idosos, talvez a dependência seja o problema que mais afeta a qualidade de vida dessa população. Muitas vezes, trazendo limitações, tanto para realizar as atividades de vida diária (AVD) quanto às atividades instrumentais de vida diária (AIVD), que pode ser consequência de doenças neurológicas, cardiovasculares, fraturas, lesões articulares, entre outras.

A atividade física (AF) regular pode contribuir muito para evitar as incapacidades associadas ao envelhecimento. Seu enfoque principal deve ser na promoção de saúde, mas em indivíduos com patologias já instaladas a prática de exercícios orientados pode ser muito importante para controlar a doença, evitar sua progressão, e/ou reabilitar o paciente.

Independente da idade homens e mulheres possuem ganho similar na força muscular nos treinamentos de resistência, assim como ganho no VO2 máximo no treinamento aeróbico.


Benefícios e Riscos da Atividade Física


A prática regular da AF é acompanhada de inúmeros benefícios, porém alguns riscos devem ser considerados, sendo a avaliação clínica fundamental para que os benefícios sejam maximizados e os possíveis riscos minimizados.

Dentre os benefícios podemos citar:

- Melhora da sensibilidade a insulina, levando a um melhor controle glicêmico, que pode prevenir o desenvolvimento de diabetes;

- Lipoproteínas: aumento da fração HDL, diminuição da LDL, redução significativa dos triglicérides, além da redução da atividade aterogênica dos monócitos;

- Composição corporal: com o envelhecimento há um aumento do percentual da gordura corporal e diminuição da massa muscular. A atividade física reduz esta modificação. Além disso, ajuda a melhorar a massa óssea quando jovem e prevenir a perda na fase adulta, diminuindo o risco de fraturas;

- Várias das alterações cardiovasculares e pulmonares que ocorrem com o envelhecimento normal podem ser minimizadas ou revertidas com a prática regular de AF;

- Fatores hemostáticos são influenciados de várias maneiras pela atividade física, com resultado líquido de redução da atividade pró-trombótica;

- Aumento na capacidade física, elasticidade e equilíbrio, diminuindo o risco de quedas;

- Aumento da vasodilatação dependente do endotélio, por aumento da liberação de óxido nítrico. O exercício aeróbico regular previne a perda da vasodilatação dependente do endotélio que ocorre com o envelhecimento e restaura ao normal em adultos e idosos sedentários saudáveis;

- Melhora na imunidade, que pode diminuir a incidência de infecções e possivelmente de certos tipos de câncer;

- Melhora da função autonômica, com aumento da sensibilidade dos baroreceptores e da variabilidade da frequência cardíaca;

- Efeitos benéficos sobre a pressão arterial sistêmica;

- Um dos benefícios mais bem documentados é sobre o risco de doença coronariana e morte, havendo uma relação inversa com a prática de exercício habitual. Isto vem sendo demonstrado tanto para a prática de exercício programado, quanto para as atividades de lazer ou inseridas nas rotinas do dia. Apesar do exercício moderado já apresentar benefício sobre a mortalidade, aparentemente há uma relação dose-resposta, com exercícios mais vigorosos demonstrando um efeito ainda maior;

- Atividade física, especialmente se vigorosa facilita a interrupção do tabagismo, além de prevenir o ganho de peso que geralmente se associa;

- Muito importante para os idosos são as evidências de prevenção ou retardo do declínio cognitivo.

Os benefícios do exercício podem ter grande impacto sobre a saúde pública. Vários estudos correlacionaram de forma negativa a atividade e aptidão físicas com a incidência de doença coronariana, câncer de cólon, diabetes tipo 2 e morte. Após um evento cardiovascular, como por exemplo um infarto do miocárdio, a atividade física mantém sua importância. Porém, ela deve estar inserida dentro de um programa global de intervenção sobre os fatores de risco cardiovasculares e a avaliação médica e a atividade física deve ser realizada em ambiente supervisionado por profissional de saúde apto a monitorar a freqüência cardíaca, pressão arterial e sintomas.

Apesar de todos os benefícios descritos, nas últimas décadas foi documentada uma redução na prática de atividade física e paralelamente vem ocorrendo um aumento na prevalência de Obesidade. Além disso, quanto maior a idade, menor a chance de o indivíduo estar engajado em alguma atividade física regular. Para completar o ciclo os médicos e profissionais de saúde não abordam rotineiramente o problema da inatividade.

Riscos do exercício físico

Os riscos potenciais associados à atividade física são variados, porém os benefícios para a saúde são tão grandes que superam em muito os riscos potenciais. Entre eles podemos citar as lesões ortopédicas (a idade é um dos fatores de risco para lesões); Arritmias cardíacas (principalmente nos portadores de cardiopatia); Infarto agudo do miocárdio (basicamente indivíduos não treinados e portadores de múltiplos fatores de risco em atividade física vigorosa); Morte súbita (complicação muito rara, aproximadamente 1 chance para cada 1,5 milhão de episódios de exercício).

Avaliação médica pré-exercício

O nível de atividade física que é considerada vigorosa para o idoso não pode ser o mesmo que para o adulto saudável. Esforços de intensidade moderada, em minha opinião já podem ser considerados como vigorosos para um idoso sedentário, mesmo que considerado hígido em uma avaliação inicial.

Avaliação médica inicial é obrigatória para todos os homens com mais de 40 anos, mulheres com mais 50 anos, portadores de doenças crônicas (tal como Doença Coronariana, Pulmonar, Diabetes) ou que possuem fatores de risco cardiovasculares (Diabetes, Hipertensão, Tabagismo, Dislipidemia, e outros).

Todos os indivíduos com 60 anos ou mais devem ser submetidos a avaliação médica periódica e o clínico ou geriátrica que o acompanha deve estar apto a liberar e recomendar a atividade física.


Idosos


O envelhecimento é um processo muito heterogêneo e a recomendação de atividade física para os idosos deve ser individualizada. Além dos benefícios já citados, os idosos ainda apresentam um efeito favorável sobre o equilíbrio e a marcha, diminuindo o risco de quedas e fraturas, menor dependência para realização de atividades de vida diária, melhora na auto-estima e autoconfiança, elevando de forma significativa a qualidade de vida.

Os portadores de Osteoartrose também podem e devem realizar AF regular, desde que adaptada a sua condição e os portadores de demência podem ter sua função cognitiva melhorada.

A atividade física regular melhora a qualidade e expectativa de vida no idoso:

- Um programa de AF para o idoso deve ser precedido de avaliação médica e deve incluir exercícios aeróbicos, de força muscular, de flexibilidade e de equilíbrio.


Orientações para exercícios em idosos:


- Realizar exercício somente quando houver bem estar físico;

- Usar roupas e calçados adequados;

- Evitar fumo e o uso de sedativos;

- Não exercitar-se em jejum. Usar carboidratos antes do exercício;

- Respeitar os limites pessoais, interrompendo se houver dor ou desconforto;

- Evitar extremos de temperatura e umidade;

- Iniciar a atividade lenta e gradativamente para permitir adaptação;

- Hidratação adequada antes, durante e após a atividade física.


Idoso Frágil – É aquele indivíduo portador de limitações, doenças crônicas, ou que está em extremo de vida, e que é mais susceptível a intercorrências. Mesmo os idosos classificados como frágeis também se beneficiam de AF regular, porém com objetivos diferentes. Pequenos ganhos funcionais podem ser muito importantes para preservar sua independência dentro de casa. A programação de AF para eles deve ser dividida em sessões de curta duração (5 a 10 minutos) realizadas 2 ou mais vezes ao dia.


Fonte: Dr. Roberto Dischinger Miranda


Um grande abraço!!!


segunda-feira, 27 de abril de 2009

TREINAMENTO FÍSICO PARA CRIANÇAS E JOVENS

Cada vez mais crianças e jovens estão em evidência no esporte competitivo, seja na ginástica artística com meninas de 10 anos ou até mesmo no futebol profissional com garotos de 15-16 anos. Considerando a idade que essas "crianças" estão chegando ao topo do esporte nacional e internacional, levanta-se uma questão muito importante: será que o treinamento aplicado aos jovens atletas está de acordo com sua maturação biológica, sem prejudicar a sua carreira futura?

"A criança não é uma miniatura do adulto e sua mentalidade não é só quantitativa, mas também qualitativamente diferente da do adulto, de modo que a criança não é só menor, mas também diferente" (Claparede, citado por Weineck, 1991). As crianças não são adultos em miniaturas que podem ser programadas para desempenhar atividades fisiológicas e psicológicas potencialmente tão questionáveis (Reilly; Bangsbo; Franks, 2000; Gallahue; Ozmun, 2001; Bompa, 2002). As crianças e adolescentes, em comparação com os adultos, ainda se encontram em fase de crescimento, onde surgem inúmeras alterações físicas, psicológicas e psicossociais, que provocam conseqüências para a atividade corporal ou esportiva (Weineck, 1991; Astrand, citado por Tourinho Filho; Tourinho, 1998). O treinamento aplicado aos adultos não deve ser transferido aos jovens sem as devidas adaptações (Reilly; Bangsbo; Franks, 2000).

"As crianças são quanto ao seu desenvolvimento imaturas e, por isso, faz-se necessário estruturar experiências motoras significativas apropriadas para seus níveis desenvolvimentistas particulares" (Gallahue; Ozmun, 2001,). Segundo Haubenstricker e Seefeldt, citado por Gallahue e Ozmun, 2001), existe uma melhora sistemática na velocidade de corrida de crianças no período médio e no final dos anos da infância. Essa melhora na velocidade de corrida continua na adolescência. Para Williams, citado por Gallahue e Ozmun, 2001, o equilíbrio melhora dos 3 aos 18 anos. Apesar das dificuldades de mensuração, é possível concluir que o equilíbrio melhora com a idade na infância e adolescência. A aptidão relacionada à saúde e ao desempenho do adolescente passa por grandes alterações desde o início do período adolescente até o final da adolescência (de 11 até 21 anos) (Gallahue; Ozmun, 2001).

"O comportamento adolescente é essencialmente exploratório e não deve ser considerado sem importância porque ajuda o indivíduo a encontrar o seu lugar na sociedade". Não se deve esperar que os adolescentes demonstrem uma obediência cega à autoridade. Entretanto, uma liderança adulta sensata, modelos positivos de papéis a desempenhar e uma orientação que desenvolva a coragem são essenciais para um processo psicossocial saudável e produtivo de desenvolvimento desses anos tumultuados (Gallahue; Ozmun, 2001). "... alguns comportamentos modelares de mentores respeitados são promissores como técnicos eficientes para inspirar alterações comportamentais em adolescentes" (Carnegie Reporte, citado por Gallahue; Ozmun, 2001).
Segundo Coakley, citado por Gallahue e Ozmun (2001), o esporte pode desenvolver o comportamento moral pelas inúmeras emoções e situações imprevisíveis que surgem. O esporte fornece um ambiente favorável para ensinar os valores de honestidade, lealdade, autocontrole e de justiça (Gallahue; Ozmun, 2001).

De acordo com Clark, citado por Isayama e Gallardo (1998), o desenvolvimento motor possui seis estágios:

1 - reflexivo;

2 - pré-adaptativo;

3 - de habilidades motoras fundamentais;

4 - de habilidades motoras específicas do contexto;

5- habilidosa;

6-compensatória.

A progressão de um período para outro vai depender das mudanças nas restrições críticas, em que as habilidades e as experiências adquiridas no período anterior servem como base para a aquisição de habilidades posteriores. No entanto, para esse modelo, as idades dadas para cada período são apenas estimativas; a ordem dos períodos é que é significante, e não a idade proposta.
"Cada faixa etária tem suas tarefas didáticas especiais, bem como particularidades específicas do desenvolvimento. A oferta de estímulos e aprendizagens deve ser regulada pela fase sensitiva". Deve ser salientado que coordenação (técnica) e condição devem ser sempre desenvolvidas paralelamente, mas com o peso correspondente (Weineck, 1991).
Com a queda no aprendizado de novas habilidades coordenativas na pubescência, devido a fatores de crescimento e desenvolvimento, deveria ser dada ênfase no aperfeiçoamento e fixação de seqüências motoras já dominadas e técnicas esportivas. Na adolescência ocorre uma estabilização geral da condução de movimentos, uma melhora da capacidade de controle, de adaptação, de reorganização e de combinação (Meinel, citado por Weincek, 1991).
Para Weincek (1991), a adolescência começa normalmente aos 14/15 anos nos meninos e vai até 18/19 anos. A adolescência forma o fim do desenvolvimento da criança para o adulto, caracterizada pela diminuição de todos os parâmetros de crescimento e desenvolvimento. Ocorre uma harmonização das proporções, o que é favorável em relação a uma melhora das capacidades coordenativas.
Pode ser treinada nessa fase com máxima intensidade as capacidades condicionais e coordenativas, apresentando uma fase de melhoras elevadas no desempenho motor (Weineck, 1991). Para o treinamento, essa fase apresenta melhoras, pois ocorre um equilíbrio psicológico. Ele deve ser atribuído à estabilização da regulação hormonal que ainda mostrava turbulentas alterações na fase anterior: os mecanismos de controle neurohumorais hipotálamo-hipofisários sofrem um acerto definitivo. Ao contrário da fase anterior, agora apenas quantidades grandes de hormônios acionam os receptores do centro de regulação do hipotálamo (Demeter, citado por Weineck, 1991). Com as proporções equilibradas, a psique estabilizada, a maior intelectualidade e a melhor capacidade de observação fazem da adolescência a segunda "idade de ouro" da aprendizagem (Weineck, 1991). Aos 16 anos muitos desses conflitos desaparecem; a necessidade de independência transforma-se num calmo desejo de emancipação.
"A adolescência deveria ser aproveitada para o aperfeiçoamento das técnicas específicas da modalidade esportiva e para a aquisição da condição específica da modalidade esportiva" (Weineck, 1991).
No conjunto esta fase apresenta um bom período para a aprendizagem motora - nos jovens do sexo masculino é mais acentuada que nas jovens - que possibilita um treinamento coordenativo ilimitado em todas as modalidades esportivas (Weineck, 1991).
Segundo Rowland, citado por Villar e Denadai (2001), na fase pré-pubertária e pubertária, a maturação biológica pode diferir para a mesma idade cronológica.

TREINAMENTO
O treinamento tem como principal objetivo causar adaptações biológicas destinadas a aprimorar o desempenho numa tarefa específica (Mcardle; Katch; Katch, 1991).
"A elaboração metodológica tem assentado nas dominantes condicionais do treino desvalorizando-se as vertentes de índole coordenativa" (Santos, 1992).
A demonstração facilita o aprendizado, pois instruir e depois demonstrar minimiza instruções mais complexas. A demonstração apresenta particularidades que reduzem a incerteza na execução de uma habilidade motora (Tonello; Pellegrini, 1998). Landers, citado por Tonello e Pellegrini (1998) realizou um estudo comprovando que a demonstração deve ser apresentada antes e durante a execução da tarefa.
Tonello e Pellegrini (1998) afirmam ainda que a informação visual tem uma importância fundamental no comportamento motor humano e, em específico, no processo de ensino-aprendizagem de habilidades motoras. Os atletas aprendem mais a ver e fazer, do que a ouvir (McGown, 1991).
Os treinadores deveriam utilizar dois métodos de ensino: a demonstração e a instrução verbal. Alguns estudos comprovam que a aprendizagem é mais eficiente ao se utilizarem várias demonstrações, mas somente a demonstração não é suficiente, por isso se utiliza a instrução ou palavras-chave. Esse recurso tem quatro funções a desempenhar: concentrar a informação; reduzir o número de palavras, diminuindo a exigência de processamento de informação; focalizar a atenção do praticante no que é importante, e auxiliar a memória. Isso conclui que o ideal é fazer uma perfeita combinação entre a demonstração e a utilização de palavras-chave (McGown, 1991).
O processo de aprendizagem é influenciado por um conjunto de variáveis, sendo a prática do indivíduo uma das mais importantes. Para Godinho, Mendes e Barreiros (1995), uma dessas variáveis que tem importância fundamental no aprendizado, além da prática, é o feedback.

TREINAMENTO FÍSICO

O treinamento físico é definido por Barbanti (2003) como o "tipo de treinamento cujo objetivo principal é desenvolver as capacidades motoras (condicionais e coordenativas) dos executantes, necessárias para obter rendimentos elevados, e que se faz através dos exercícios corporais". Durante a iniciação geral e os períodos de preparação, deve-se utilizar a preparação física geral (Kunze, 1987).
Ao se referir à criança ou adolescente e exercício, faz-se necessária uma classificação pela idade biológica, pois possibilita distinguir, de forma mais clara, as adaptações morfológicas e funcionais resultantes de um programa de treinamento das modificações observadas no organismo, decorrentes do processo de maturação, principalmente intensificado na puberdade (Tourinho Filho; Tourinho, 1998). De acordo com Golomazov e Shirva (1996), a idade cronológica em muitos casos não coincide com a motora. Os ritmos de amadurecimento são muito individuais.
Segundo Bompa (2002) Bar-Or, citado por Villar e Denadai (2001), os programas de treinamento devem ser elaborados de acordo com o estágio de maturação da criança e não de acordo com a idade cronológica, pois as exigências e necessidades individuais variam bastante. Crianças de mesma idade cronológica podem diferir em anos com relação à maturação biológica.
As crianças evoluem de forma diversa. A proporção de crescimento de ossos, músculos, órgãos e sistema nervoso é diferente em cada estágio maturacional, e esses desenvolvimentos determinam a capacidade fisiológica e de desempenho. Portanto, o programa de treinamento precisa levar em consideração essas diferenças individuais e o potencial de treinamento (Bompa, 2002).
A avaliação maturacional pode ser usada para identificar períodos de crescimento rápido e para justificar reduções no regime de treinamento em longo prazo. Pode auxiliar na redução de lesões, servindo como base na preparação (Gallahue; Ozmun, 2001).
"A idade biológica refere-se ao desenvolvimento fisiológico dos órgãos e dos sistemas no corpo que ajuda a determinar o potencial fisiológico, tanto no treinamento como na competição, para a obtenção de alto nível de performance". Deve-se levar em consideração a idade biológica na classificação, seleção e treinamento de atletas (Bompa, 2002). "... os programas de treinamento infantis devem considerar a dinâmica de crescimento e desenvolvimento para cada estágio" (Bompa, 2002). O princípio da preparação física implica na utilização de variados métodos e de exercícios físicos para obter um efeito positivo em todos os órgãos do corpo (Bosco, 1994).
Estudo realizado por Cunha (2003) com equipes de futebol da categoria juvenil, compostas de meninos na faixa etária entre 15 e 17 anos, identificou que apenas 43% das equipes estudadas realizam uma avaliação maturacional nos atletas dessa categoria.
Após a determinação das características biológicas de cada indivíduo, inicia-se o planejamento das atividades. De acordo com Bompa (2002) as cargas de treinamento devem aumentar gradativamente com a idade e com a progressão dos treinamentos. A duração das sessões de treino pode aumentar do início até o fim da temporada, quando atingirem por volta de noventa minutos; os treinamentos devem ser variados para se evitar um desgaste psicológico e a fadiga prematura. O aumento progressivo da carga inclui um aumento do número e da repetição dos exercícios, porém é importante observar o tempo de descanso após o aumento das repetições.

Outro aspecto relevante é o aumento da freqüência de treinamento: o ideal é de duas a quatro sessões para cada jogo, pois assim haverá um desenvolvimento maior dos atletas durante os treinamentos do que nos jogos, isso no caso específico do futebol. Ainda conforme o estudo realizado por Cunha (2003), as equipes de futebol juvenil paulistas realizam cinco ou seis sessões de treino por semana e com relação a preparação física, a sessão de treino dura em média 62 minutos.
Segundo Mcardle, Katch e Katch (1991), "ainda não foi identificada uma duração limiar por sessão capaz de induzir aprimoramentos cardiovasculares ideais. Esse limiar depende de muitos fatores, que incluem o trabalho total realizado, a intensidade do exercício, a freqüência do treinamento e o nível inicial de aptidão".
Com relação à freqüência do treinamento, alguns investigadores, citados por Mcardle, Katch e Katch (1991), relatam que constitui um fator importante capaz de induzir a aprimoramentos cardiovasculares, porém outros afirmam que esse fator é menos importante que a intensidade e a duração do exercício. Treinar menos de dois dias por semana, em geral não produz alterações adequadas na capacidade aeróbia ou anaeróbia e na composição corporal.
O potencial esportivo de uma criança depende de seu desenvolvimento físico e mental (Bompa, 2002).
Para Gonçalves (1998), os principais fatores que devem ser considerados no programa de preparação física para o futebol, são:
- Aumentar a capacidade do sistema respiratório (aeróbio e anaeróbio);
- Aumentar o volume de bombeamento sangüíneo pelo coração eo sistema circulatório;
-Hipertrofiar os músculos necessários;
- Aumentar a força dos grupos musculares necessários e suas relações com tendões e ligamentos;
- Diminuir a presença do ácido lático muscular durante e depois da atividade do futebol.

Treinamentos seletivos para os esportes não são necessários antes da fase pré-púbere de desenvolvimento. A recomendação é não aplicar uma organização formal de atividades no contexto do jogo por diversão, adquirindo assim habilidades motoras (Reilly; Bangsbo; Franks, 2000).
O treinamento individualizado é importante, mas deveria começar após a maturidade completa (Di Salvo; Pigozzi, 1998), pois após a puberdade inicia a etapa de preparação física intensa e desenvolvimento das capacidades individuais (Golomazov; Shirva, 1996). O período pubertário será o ideal para proporcionar o desenvolvimento da força rápida e da potência. Cuidados devem ser tomados, pois o exercício anaeróbio exige uma elevada solicitação de ossos, articulações e tecidos moles (músculos, tendões etc.). Isso pode ocasionar lesões nos jovens em desenvolvimento(Almeida,2002).
A especialização no esporte de alto nível é necessária, mas ela deveria ocorrer o mais tarde possível e com base numa estrutura de treinamento adequada ao desenvolvimento, que propiciará uma aquisição adequada das habilidades e um desenvolvimento harmonioso do jovem (Weineck, 1991). Relatos de um estudo russo concluíram que a especialização esportiva não deve começar antes da idade de 15 ou 16 anos na maioria dos esportes (Bompa, 2002).

O autor afirma ainda que após um desenvolvimento multilateral no início da vida atlética, os jovens atingem o período de treinamento especializado entre 15 e 18 anos, podendo assim atingir o ápice esportivo futuramente. Mesmo durante a etapa de especialização do desenvolvimento, os atletas devem dedicar apenas de 60 a 80% do tempo de treinamento a atividades específicas da modalidade.
No estágio da especialização (15 - 18 anos), deve-se monitorar o volume e a intensidade do treinamento, para que os jovens evoluam com pequeno risco de lesões. Alguns aspectos são importantes nesta fase (Bompa,2002):
- Aumentar o volume de treinamento para repetições e exercícios específicos a fim de facilitar o aprimoramento do desempenho.
- Envolver sempre que possível os atletas no processo de tomada de decisões;
- O desenvolvimento da força deve começar a atingir os objetivos da modalidade específica;
- Aumentar progressivamente o volume e a intensidade do treinamento anaeróbio;
- Prática do treinamento mental. Exercícios que desenvolvam concentração, atenção, pensamento positivo, auto-regulação, visualização e motivação, a fim de melhorar o desempenho na modalidade.
Na maioria dos esportes de potência e velocidade, a especialização deve ocorrer no final do período de estirão de crescimento na adolescência (Bompa,2002).
Devido ao grande número de exercícios e ao excessivo número de repetições, a introdução de uma variabilidade de atividades e habilidades no processo de aprendizagem e treinamento não só contribuirá para a prevenção de lesões, como para evitar o tédio e o desgaste psicológico dos jovens (Bompa, 2002). Cargas intensas e monótonas podem ocasionar um desgaste psicológico, como na utilização acentuada de treinamentos não adequados à idade - grande motivo de desistência do esporte. A falta de formação múltipla do organismo acarretará em prejuízo para a obtenção de habilidades futuras (Weineck, 1991). Segundo Medler, citado por Weineck (2000), deve-se ter cuidado no treinamento ministrado para crianças e adolescentes para serem evitados os momentos de monotonia e enfado, assim como os momentos de dor e de sofrimento que se relacionam com o treinamento da resistência aeróbia. A especialização precoce nas categorias menores (infantil e juvenil), apesar de se obterem bons resultados no princípio, deve ser observada com cuidado, pois poderá levar ao encurtamento da vida profissional do atleta. O uso de cargas específicas antes do momento oportuno gera estresse físico e emocional acentuado, podendo afastar os jovens dos treinamentos e competições (Filin e Volkov, citado por Augusti, 2001). Matveev, citado por Augusti (2001) também concorda que a especialização precoce fará que o jovem, ao chegar à fase adulta, não será mais capaz de desenvolver e atingir os bons resultados que obteve durante a infância.
Para não ocorrer uma especialização prematura, devem ser considerados os aspectos do treinamento adequado à idade e ao desenvolvimento, ou seja, a capacidade da criança suportar carga é limitada, podendo ocorrer desgaste prematuro de cartilagem, ossos, tendões e ligamentos. Superexigência funcional pode acarretar em redução da amplitude da articulação, com respectiva sobrecarga dos segmentos articulares, ocasionando prejuízo no processo de treinamento (Weineck,1991).
A especificidade excessiva no treinamento pode resultar em lesões por overuse. Para Almeida (2002), as lesões por overuse são características de esportes anaeróbios que requerem períodos de atividade de potência máxima ou quase máxima.

Outro risco que pode ocorrer na especificidade excessiva, segundo Bompa (2002), é o desequilíbrio entre os músculos agonistas e antagonistas do movimento específico. A utilização de novos exercícios desenvolverá também a agilidade e a coordenação, auxiliando no processo de aquisição de novas habilidades e evitando lesões por esforços repetitivos.
Outro aspecto importante na programação esportiva é a nutrição dos atletas. Para Gonçalves (1998), os atletas necessitam de uma dieta balanceada, baseada em nutrientes necessários para a requisição diária do organismo e a performance nas atividades. Reilly (1997) afirma que a nutrição adequada, verificada por meio dos índices iniciais de glicogênio muscular, é um aspecto que pode diminuir a fadiga.

CONCLUSÃO
Pode-se concluir que o treinamento tanto técnico, como tático ou físico fornecido a crianças e jovens deve ser muito bem estudado, elaborado e conduzido por treinadores e preparadores físicos. As características biológicas e maturacionais devem ser levadas em consideração na programação do treinamento. Um erro muito comum encontrado em treinamentos em equipes de competição relaciona-se ao fornecimento da mesma carga e intensidade para todos os atletas, isso é um erro muito grave que poderá acarretar problemas futuros aos jovens atletas.
Portanto, não se pode esquecer a afirmação que se encontra logo no início deste artigo: "As crianças não são adultos em miniaturas...".
Somente a observação criteriosa de todos esses fatores durante o treinamento, poderá obter o máximo rendimento de um jovem desportista, sem prejudicar o seu desenvolvimento físico harmonioso e conseqüentemente sem prejudicar sua carreira.
Com isso, procura-se auxiliar os profissionais que ministram e orientam os treinamentos para crianças e jovens há elaborar programas que sejam adequados a cada faixa etária e nível de maturação. Segundo Cunha (2003) muitos treinadores e preparadores físicos não utilizam métodos mais científicos durante o treinamento devido a problemas estruturais em seus clubes.

ReferênciasBibliográficas
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SANDSTRÖM, C.I. A Psicologia da Infância e da Adolescência. Tradução de Álvaro Cabral. 5. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975..
SANTOS, J. A. R. Preparador Físico: Realidade, logro ou utopia? Revista Horizonte, Lisboa: [s.n.], v. IX, n. 51, set./out. 1992.
TONELLO, M. G. M.; PELLEGRINI, A. M. A utilização da demonstração para a aprendizagem de habilidades motoras em aulas de Educação Física. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo: Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, v. 12, n. 2, , jul./dez.1998.
TOURINHO FILHO, H.; TOURINHO, L. S. P. R. Crianças, adolescentes e atividade física: aspectos maturacionais e funcionais. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo: Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, v. 12, n. 1, jan./jun. 1998.
VILLAR, R.; DENADAI, B. S. Efeitos da idade na aptidão física em meninos praticantes de futebol de 9 a 15 anos. Motriz, Rio Claro: Departamento de Educação Física do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista, v. 7, n. 2, dez. 2001.

WEINECK, J. Biologia do Esporte. Tradução de Anita Viviani. Verificação Científica de Valdir Barbanti. São Paulo: Manole, 1991. Cap.5.
FUTEBOL TOTAL: o treinamento físico no futebol. Tradução de Sérgio Roberto Ferreira Batista. Verificação Científica de Francisco Navarro e Reury Frank P. Bacurau. Guarulhos: Phorte, 2000.

By:

Prof. Ms. Fabio Aires da Cunha

Profª Msª Simone da Rocha Herdina


Um grande abraço!!

quinta-feira, 26 de março de 2009

MECANISMOS HORMONAIS NO TREINAMENTO DE FORÇA E POTÊNCIA

Os mecanismos hormonais envolvidos no treinamento de força, dependem do estímulo do exercício e são mediados por mecanismos moleculares. A relação entre a liberação hormonal e subseqüentes interações celulares apóiam o paradigma teórico da influência dos fatores neuroendócrinios.

Os hormônios anabólicos primários envolvidos no crescimento e remodelamento do tecido muscular são: Hormônio do Crescimento (GH), Insulina, Testosterona e Hormônio da Tireóide.

Além disso, estudos “in vitro” demonstraram que fatores de crescimento insulínicos (IGF-1 e IGF-2), também têm efeitos dramaticamente potentes no crescimento celular do músculo. Assim, fatores neuroendócrinos geram uma larga variedade de mecanismos hormonais, afetando o metabolismo e as trocas celulares relativas ao crescimento. Tais mecanismos devem ser operacionais em resposta a um estímulo de treinamento intenso. Porém, os mecanismos exatos que mediam essas trocas permanecem desconhecidos. Exercícios de alta intensidade têm sido classicamente mostrados nos resultados das respostas de adaptações significativas, que geram hipertrofia, força e potência na musculatura treinada.

Aumentos hormonais resultantes da “performance” de exercícios intensos interagem ou influenciam vários mecanismos celulares e melhoram o desenvolvimento da unidade contrátil da proteína do músculo, provendo, assim, o acréscimo das capacidades de produção de força e potência observadas.

Fonte:Fundamentos Fisiológicos para o Treinamento de Força e Potência

Profº Roberto Simão


Um grande abraço!!!

RESPIRAÇÃO


É a entrega de O2 às células.

O ar que respiramos tem 80% de nitrogênio e 20% de oxigênio.

Aproveitamos somente o oxigênio, ou seja, a célula, que é a unidade que compõe os órgãos, extrai o oxigênio do sangue e, em troca, devolve a ele o produto da queima do combustível (energia) que é o gás carbônico(CO2).

Fácil: entra oxigênio, sai gás carbônico.

Artérias são vasos, que levam O2 para os tecidos e células e o sangue que circula por elas é chamado de “arterial”.

Sangue arterial > rico em O2

Sangue venoso > rico em CO2

Já o sangue venoso é aquele que retira o CO2 das células e leva de volta para o coração, para ser novamente oxigenado nos pulmões. Agora são as veias que realizam esta função. Artérias conduzem sangue com O2 e as veias conduzem sangue com gás carbônico.

Muito bem, agora que você entendeu o que é respiração, o próximo passo é entender a expressão “consumo de O2”. Imagine que você ganhou muito dinheiro e agora quer consumir (ou comprar) algumas coisas. Normalmente, quem consome o faz porque precisa. Todos nós, seres vivos, necessitamos de algo. As células também. Elas precisam consumir O2 para viver bem.

Quanto maior o consumo de O2, mais em forma você fica; quanto menos O2 suas células consomem, em pior estado de saúde você está. Por isso, é importante, sempre fazer o exame de saúde, antes de iniciar o treinamento físico: consumo de oxigênio (O2).

Imagine que seu músculo, durante uma corrida, se contrai 200 vezes/min. Para que ele consiga isso, necessita de 50 partes de O2. Se você correr mais rápido agora, deixando seu músculo contrair 400 vezes/min, ele necessitará de 100 partes de O2, por isso, você terá que respirar mais rápido, porque é evidente que seu coração, para levar este sangue arterial, também terá de bater mais rápido.

Imagine agora que você aumentou ainda mais seu ritmo, deixando os músculos de sua perna se contraírem 500 vezes/min, infelizmente seu coração e seus pulmões não conseguem mais extrair o ar atmosférico, o O2 suficiente para nutrir a demanda dos tecidos musculares. O que vai acontecer? Os músculos só receberão as 100 partes de O2 e muitas células musculares trabalharão sem eles, sabe a conseqüência? Elas produzirão um ácido que será entregue ao sangue venoso, no lugar do CO2.

Este ácido chamado ácido lático ou lactato, que acumulado nos músculos e tecidos, poderá produzir as chamadas câimbras, que todos nós tememos muito.

Daí, você pode compreender que o exercício aeróbio é aquele em que os músculos trabalham, mas consomem normalmente O2 que é oferecido pelo sangue arterial; já o exercício anaeróbio é aquele em que os músculos sentem falta de O2, produzindo ácido lático. Por esta situação, se faz necessário o teste ergométrico associado ao consumo de O2 e a curva de lactato.

Quanto mais rápido você corre, pedala ou nada, a curva de lactato sobre progressivamente, acompanhando seu esforço muscular. Se você estiver bem treinado, seu pico de lactato acontece bem mais tarde que o de uma pessoa mal condicionada, pois os músculos dela se cansam mais rápido. Por esta razão, muitos treinadores pedem a curva de lactato para seus atletas.

O mesmo acontece em relação a freqüência cardíaca (FC) . O atleta condicionado apresenta um FC mais baixa porque não necessita tanto de O2, seja em repouso, seja no estresse, comparado ao sedentário. Por isso, hoje em dia, o uso do frequencímetro é tão importante para acompanhar a faixa de treino.

Gostaria, ainda, de assinalar brevemente que nosso organismo apresenta diversos tipos de fibras musculares, e você pode escolher qual deles quer desenvolver. Pessoas que gostam de correr maratonas ou distâncias longas apresentam fibras musculares de contração lenta. Se cortarmos um pedaço do músculo e observarmos no microscópio, constataremos uma cor diferente, uma textura diversa das fibras de atletas que correm 100m, 200m, 400m, 800m, ou seja, participantes de provas rápidas, de explosão; nestes, as fibras musculares preponderantes são chamadas de fibras de contração rápida, todos os músculos apresentam as duas fibras, mas dependendo da atividade física ele desenvolve mais um tipo do que outro.

Fonte: Viver Bem com Qualidade – O Fator Wellness

Dr. Antônio Sproesser



Um grande abraço!!!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A Mulher e a Musculação



Há algum tempo atrás, não vai muito longe esse tempo, a idéia de Musculação, para as mulheres, era de que só quem quisesse ficar muito forte, poderia frequentar as salas com aparelhos específicos para exercitar os músculos. Esse tempo já passou e essa idéia é antiquada, pois as mulheres não vão ficar "fortonas" ou masculinizadas ao frequentarem a sala de Musculação.

Atualmente, as salas de Musculação não são mais equipadas somente com barras, anilhas e pesos pesados. Os professores musculosos que se limitavam a conhecimentos provenientes de sua própria vivência com o treinamento, já quase não existem mais, e a conscientização dos efeitos e importância desta atividade, por parte dos profissionais qualificados e dos próprios praticantes, está cada vez maior.

Os resultados que satisfazem as mulheres, que frequentam a Musculação, são alcançados, com esforço muscular e redução na quantidade de gordura corporal. Não esquecendo que, a forma dos músculos é que mostra a beleza do corpo, proporcionando firmeza e contornos suaves. Por isso, não se deve temer ao pequeno aumento de massa muscular e a melhora da tonicidade proveniente do treinamento que é, na verdade, o desejado, porém, o que sofre grandes preconceitos.

Enquanto nos homens, uma quantidade de gordura considerada normal, pode variar de 12 a 15%, na mulher este valor pode ser considerado normal entre 18 e 22%, isto devido à maior quantidade de gordura de reserva (subcutânea) e essencial que inclui a sexo-específica, constituindo primariamente as mamas e região pélvica. Nesse aspecto, podemos notar que existe uma maior cobertura sobre os músculos, dificultando assim, a aparência dos seus formatos e contornos.

As mulheres possuem menos massa muscular total, e como consequência uma secção transversa menor. Isso ocasiona uma diferença bastante grande com relação à força absoluta (força total exercida) de um homem, que chega a ser 2/3 maior,em comparação a uma mulher. Porém, se falarmos de força relativa ao peso corporal, essa diferença diminuirá e se tornará nula, ou até superior para os membros inferiores, se compararmos a força em relação ao peso magro (peso corporal - gordura corporal) dos indivíduos.

Um dos principais fatores que proporciona o desenvolvimento do volume muscular é um hormônio chamado "testosterona". Na mulher, esse hormônio encontra-se em níveis 10 a 20 vezes menores que nos homens, o que afasta qualquer possibilidade de aumento muscular como nos indivíduos do sexo masculino.


Um grande abraço!!!!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

30 Dicas Contra o Envelhecimento


Sabe-se que o envelhecimento é um processo biológico que pode ser
controlado. Há uma série de estudos afirmando que um estilo de vida
saudável
é uma das chaves da longevidade.


Confiram alguns deles:


1. CASE-SE

Segundo estudo publicado no Health Psychology Journal, dos Estados Unidos, as pessoas que se mantêm em longas e bem-sucedidas uniões têm uma expectativa de vida maior em comparação àquelas que se casam novamente ou terminam a vida divorciadas (desde que estejam juntas por amor e não por aparência, conveniência ou obrigação social ).


2. EXPRESSE SUAS EMOÇÕES

De acordo com o Journal of Clinical Psychology, da Inglaterra, aqueles que manifestam suas emoções por meio de alguma atividade artística, como cantar, escrever e pintar, são mais saudáveis do que as pessoas que não o fazem.


3. TENHA HORÁRIOS

Evite a prática de exercícios entre as 11 da manhã e a 1 da tarde, principalmente em lugares reconhecidamente poluídos. É quando a produção de adrenalina atinge seu pico. O sangue fica mais grosso do que o normal, a pressão arterial sobe e o batimento cardíaco se eleva.
Durante essas duas horas, é maior a probabilidade de uma placa de
gordura se romper em um vaso, o que pode provocar derrame cerebral ou infarto no coração.


4. SEJA SOLIDÁRIO

Segundo estudo publicado na revista Psychology Science, dar apoio físico ou emocional a outras pessoas reduz em até 60% o risco de morte prematura no idoso.


5. PREFIRA AS COMÉDIAS

O riso espontâneo promove a dilatação dos vasos e melhora o fluxo sanguíneo. Também reduz os níveis de adrenalina e cortisol no sangue e aumenta a liberação de endorfinas, hormônios ligados às sensações de bem-estar e prazer. Quer mais? Ainda emagrece. Estudos da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, concluíram que dar boas risadas por um período de dez a quinze minutos faz uma pessoa queimar, em média, 50 calorias.


6. USE O FIO DENTAL

De acordo com pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, a inflamação bacteriana da gengiva, causada pelo acúmulo de resíduos alimentares entre os dentes, aumenta em 72% o risco de Doença Cardiovascular.


7. IMITE OS BRITÂNICOS

Ser pontual é bom, mas beber chá é ainda melhor. De acordo com o Jornal Phytotherapy Research, o hábito cultivado pelos ingleses pode ajudar no combate à doença de Alzheimer. Estudos indicam também que o consumo de chá reduz os riscos de câncer. O chá verde é o que promete maiores benefícios.


8. LARGUE O CIGARRO

Fumantes regulares vivem, em média, dez anos menos do que um não-fumante. Cerca de 90% dos casos de câncer nos pulmões, a neoplasia que mais mata no Brasil, estão relacionados ao tabagismo.


9. TENHA FÉ ( Crer com embasamento e não por fé cega )

Segundo o International Journal of Psychiatry and Medicine, ter uma crença forte em algo ajuda a combater o stress e problemas emocionais.


10. BEBA COM MODERAÇÃO

Estudos mostram que o consumo diário de até duas taças de vinho deve fazer parte da receita para uma vida longa. Até a cerveja, quando consumida moderadamente, pode trazer benefícios à saúde, apontam pesquisas recentes.


11. COMA MENOS

Nos Estados Unidos, um estudo comparou cinqüentões que viviam de dieta com outros que consumiam, em média, 2000 calorias por dia. A conclusão foi que o primeiro grupo teve uma expectativa de vida cerca de 30% maior, além de aparentar serem mais jovem do que os congêneres da mesma idade.


12. MORE PERTO DE UM PARQUE

Um estudo realizado por pesquisadores japoneses concluiu que a expectativa de vida dos idosos que moram próximo a áreas verdes é maior do que os daqueles que vivem cercados de arranha-céus.


13. VÁ DE VERDES

Vegetais verde-escuros, como espinafre, rúcula e brócolis, são ricos em ácido fólico, uma substância que ajuda a manter a integridade do DNA.


14. MANTENHA A MENTE ATIVA

Pesquisas mostram que a doença de Alzheimer tem maior incidência entre as pessoas com baixo nível de instrução. Estudo publicado no New England Journal of Medicine relaciona a leitura, os jogos de cartas e de tabuleiro e as palavras cruzadas com a redução do risco de demência em pessoas com mais de 75 anos.


15. TOME VITAMINAS

Cápsulas de vitamina C são as mais indicadas. Seu consumo ajuda a prevenir a degeneração macular, que afeta 3 milhões de brasileiros e é a maior causa de cegueira em pessoas com mais de 50 anos. Consulte seu médico sobre a dosagem.


16. CURTA O CHOCOLATE

Em pequenas quantidades, ele pode ser benéfico à saúde. Segundo estudo do King's College, de Londres, a quantidade de flavonóides encontrada em 50 gramas de chocolate é equivalente à de seis maçãs, duas taças de vinho ou sete cebolas. Os flavonóides têm sido apontados como importantes armas no combate aos radicais livres.


17. DÊ PREFERÊNCIA AOS PESCADOS

Peixes de água profunda, como Salmão e Anchova, são ricos em ômega 3. Esse poderoso antioxidante, segundo o jornal da Associação Médica Americana, pode reduzir em até 81% o risco de morte súbita no homem.


18. FAÇA SEXO

A atividade sexual traz sensações de prazer e bem-estar, combate o stress, aumenta a auto-estima e ainda queima calorias. Estudos mostram que as pessoas sexualmente ativas são mais saudáveis. Segundo a OMS, o sexo é um dos quatro pilares da qualidade de vida, ao lado do prazer no trabalho, da harmonia familiar e do lazer.


19. SEJA OTIMISTA

Após dez anos estudando como a personalidade de uma pessoa pode influir no aumento ou na diminuição da expectativa de vida, pesquisadores holandeses concluíram que ter uma atitude positiva pode diminuir em até 55% o risco de morte prematura.


20. NÃO PULE O CAFÉ-DA-MANHÃ

Pesquisa do Instituto de Gerontologia da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, averiguou que os centenários não costumam dispensar a primeira refeição do dia.


21. TENHA UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO

O conselho foi seguido por operadores da bolsa de valores de Nova York, avaliados em um estudo. Foi tão eficaz no combate ao stress que metade deles suspendeu o uso de medicamentos contra a Hipertensão. Quem tem um bichinho em casa vai ao médico com menor freqüência, afirmam pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.


22. REDUZA O SAL

Essa medida é importante no tratamento e na prevenção da Hipertensão Arterial, um dos fatores de risco para Doença Cardiovascular. Evite mais de 6 gramas por dia, o equivalente a uma colher de chá.


23. INVISTA EM CULTURA

Depois de acompanhar 12 000 pessoas por nove anos, pesquisadores suecos observaram que, em média, as chances de uma pessoa alcançar a longevidade foram 36% maiores naquelas que cultivavam o hábito de realizar programas culturais, como visitar galerias de arte, assistir a peças de teatro e freqüentar concertos musicais.


24. SINTA-SE EM CAPRI

Está provado que uma dieta mediterrânea, rica em vegetais, peixes e azeite de oliva, pode afastar doenças como Hipertensão, Diabetes e Obesidade, capazes de encurtar a vida em até dez anos. A pesquisa foi feita com 1 507 homens e 832 mulheres, entre 70 e 90 anos, em onze países europeus.


25. ABUSE DO MOLHO DE TOMATE ( Não industrializado)

Pesquisas conduzidas pelo médico americano Michael Roizen, autor do livro Idade Verdadeira e fundador do Real Age Institute, um dos mais respeitados centros de estudo da saúde e do metabolismo humano, mostram que dez colheres de molho de tomate ingeridas semanalmente podem reduzir pela metade o risco de ocorrência de onze tipos de câncer. O tomate é rico em licopeno, um antioxidante encontrado nos vegetais vermelhos.


26. DURMA BEM

Estudos sugerem que a falta de sono crônica pode ter um impacto negativo nas funções metabólicas e endócrinas. Quando se dorme menos de cinco horas, há um desequilíbrio no metabolismo.


27. CONTE ATÉ CINCO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, esse é o número mínimo de porções de frutas e vegetais que uma pessoa deve comer por dia. A OMS defende que uma alimentação balanceada e rica em vitaminas, fibras e minerais pode reduzir em até 40% o risco de câncer.


28. VÁ AO OFTALMOLOGISTA

Depois dos 50 anos, a chamada vista cansada se torna ainda mais comum. Com a idade, também aumentam os riscos de glaucoma e catarata. Além disso, alterações de fundo de olho podem indicar a presença de Diabetes e Hipertensão.


29. MODERAÇÃO COM A CARNE VERMELHA

Pesquisa sobre hábitos alimentares em dez países europeus concluiu que o consumo diário de carne vermelha aumenta o risco de câncer de intestino em até 35%. Mas não a evite. Proteínas são essenciais para quem faz atividade física regularmente, não só porque dão resistência, mas também porque ajudam a constituir a massa muscular.


30. MOVA-SE

De acordo com a Associação Americana do Coração, o sedentarismo, por si só, aumenta o risco de doença coronariana em, pelo menos, uma vez e meia. Exercícios diários moderados ajudam a aumentar o tempo de vida em até seis anos.


Fontes:
Revista Psychology Science

Journal of Clinical Psychology

Universidade Vanderbilt

Universidade Harvard

Associação Médica Americana

International Journal of Psychiatry

Phytotherapy Research

New England Journal of Medicine

Journal of the American Medical Association

King´s College

Universidade de Cambridge

Federação Mundial de Cardiologia

Organização Mundial de Saúde

Real Age Institute

Universidade da Geórgia

Universidade de Loma




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Um grande abraço!!!